quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Comunicado

O CineClio CineClube Santiaguense vem através desde comunicar que nesse próximo sábado dia 31 de Dezembro não haverá sessão.
Sendo que a próxima sessão será no dia 07 de Janeiro com o Lançamento do longa de Ernoy Luiz Mattielo "Memorável Trem de Ferro"
O CineClio aproveita a oportunidade para desejar a todos um Feliz Ano Novo!
Att
Rafaela Lunardi Martins
CineClio CineClube Santiaguense

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Nesse Sábado dia 24 - Especial de Natal

Às 17 horas - O Grinch
Direção de Ron Howard
Comédia

Um Grinch (Jim Carrey) que odeia o Natal resolve criar um plano para impedir que os habitantes da pequena cidade de Quemlândia possam comemorar a data festiva. Para tanto, na véspera do grande dia, o Grinch resolve invadir as casas das pessoas e furtivamente roubar delas tudo o que esteja relacionado ao Natal.

Às 19 horas - Milagre na Rua 34
Direção de Les Mayfield
Comédia/Drama



Em plena época do Natal, Suzan, uma garotinha muito inteligente e esperta, afirma que Papai Noel não existe. Porém, um senhor muito bondoso é contratado para trabalhar como Papai Noel na loja de brinquedos em que sua mãe trabalha. Porém, o que ninguém podia esperar é que o velhinho afirma ser o verdadeiro Papai Noel que está ali justamente para provar para a garotinha e para muitas pessoas que ele é real.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Nesse Sábado no CineClio

17 horas sessão Infantil: Especial de Natal Cocoricó


19 horas: FELIZ NATAL de Selton Melo
Sinopse:
Caio tem 40 anos e trabalha em um ferro-velho no interior. Hoje ele possui uma companheira e uma ocupação constante, mas no passado levou uma vida de grande irresponsabilidade, da qual saiu vivo por sorte. A proximidade do Natal faz com que ele faça um balanço de sua vida, decidindo retornar à capital. Ao chegar ele encontra seu irmão Theo, cujo casamento está em crise. Miguel, seu pai, vive com uma mulher de caráter duvidoso e Mércia, sua mãe, vive à base de coquetéis alcóolicos e psicotrópicos. Sua cunhada Fabiana está perdida entre as frustrações do casamento, enquanto que os sobrinhos Neto e Alex estão cada vez mais exigentes.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Cineclio presente no XI Congreso Iberoamericano de Extension em Santa Fe - Argentina


O CineClio CineClube Santiaguense, junto ao projeto de extensão do Curso de História da URI Santiago, denominado CineClubismo, Educação e Cidadania na Terra dos Poetas esteve presente, através da Curadora Rafaela Martins, no XI Congreso Iberoamericano de Extension Universitaria, realizado na cidade de Santa Fé – Argentina, no dia 23 de novembro.
O Movimento Cineclubista vem debatendo bastante acerca da relação entre cineclubismo e educação. O CineClio, através de seus membros, contribui nesse aspecto, pois esta foi a quarta apresentação em forma de comunicação oral já realizada. A primeira participação foi no XI Congresso Internacional de Educação Popular, em Santa Maria, sendo que, no mês de novembro o CineClio já participou do 5º Congresso Nacional de Extensão, em Porto Alegre, do II Encontro Ouvindo Coisas: Experimentações sob a Ótica do Imaginário, também em Santa Maria e, agora, do XI Congreso Iberoamericano de Extension Universitaria.
O Cineclube realiza diversas atividades em parceria com a Universidade Regional Integrada – URI e a Prefeitura Municipal de Santiago. Entre essas atividades estão as sessões abertas à comunidade que ocorrem todos os sábados, em dois horários: às 17h, com sessões para o público infantil e às 19h, com sessões para o público adulto.

Movimento Cineclubista em defesa ao direito do público!

O Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros - CNC, através de sua diretoria serve-se do presente para apoiar as atividades do Cineclube
Lembramos que a prática cineclubista não fere a legislação pois a todo o cineclube do país é garantida a exibição de qualquer mídia, sem que lhe sejam imputadas por “exibidores” e outros “afetados”, as pechas de “concorrência desleal” ou “exibidores ilegais”, face a suas singularíssimas características culturais; o Cineclube Paratodos, como qualquer cineclube do país, não tem fins lucrativos e não exibe mídias comercialmente. Desta forma, não tem como ferir o “direito de exibição comercial” exatamente por não ser comercial, não sendo portanto concorrencial à exploração mercadológica da cultura audiovisual. O cineclubismo garante um direito fundamental: a prática cineclubista garante o acesso, a fruição e o compartilhamento da experiência audiovisual, levando para um conjunto ainda maior da população a produção de cinema, essencialmente aos já penalizados pelas exclusões sociais, políticas e econômicas que ainda campeam no país.
Ao não ter fins comerciais, ao garantir a ampliação e democratização do acesso à conteúdos audiovisuais e por consequência a garantia de participação na produção cultural, direito universal, que se soma à Luta Pelos Direitos do Público, bandeira histórica maior do movimento cineclubista brasileiro em sua trajetória de 50 anos, os cineclubes não apenas agem legalmente como também legitimamente colaboram na livre circulação de bens culturais imateriais.
Tanto que no atual processo de revisão dos estatutos jurídicos de direitos autorais e patrimoniais é ratificada a Instrução Normativa 63 da Ancine de 2007, que em seu artigo primeiro afirma:

Art. 1º Os cineclubes são espaços de exibição não comercial de obras audiovisuais nacionais e estrangeiras diversificadas, que podem realizar atividades correlatas, tais como palestras e debates acerca da linguagem audiovisual.

Assim, a prática cineclubista na medida em que preserva os criadores, garante a circulação de bens culturais e garante, através do acesso, processos de construção do conhecimento, de educação, de aprimoramento, de apropriação dos sentindos e inovação de criações intelectuais.

A legislação prevê a limitação do direito patrimonial, à posse comercial para que a criação cultural possa atender o interesse público e garantir o acesso mais amplo à educação e cultura dado que o acesso é a porta de entrada para o exercício dos direitos culturais, dado que bens culturais definem as relações de identidade.



A prática cineclubista faz pensar a função social da propriedade cultural e questiona os intermediários que permitem que a obra circule desde que tenham proventos econômicos.


A formação de um público do audiovisual nacional se dá pela difusão do próprio audiovisual e não pela restrição ao acesso. Os cineclubes concretizam um direito fundamental, o direito ao acesso à bens culturais imateriais e o direito de participação na vida cultural; não concorrem com a exibição comercial (2.200 salas em todo o Brasil! Se não há salas de cinema quem garante o acesso?); equilibram o direito patrimonial e o interesse público; colaboram na educação cultural (ninguém faz filme sem ver filmes); e são elementos na garantia da democratização cultural (pressupõe exposição às obras artísticas).


O CNC explicita o papel do cineclubismo como promotor do exercício dos direitos humanos internacionalmente reconhecidos e refletidos na Carta de Tabor, qual seja, a garantia da plena liberdade de expressão cultural e o acesso imediato, amplo e irrestrito às obras culturais, como prevista no artigo 27 da Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 que afirma "Todo homem tem o direito de participar livremente da vida cultural da comunidade, de fruir as artes e de participar do progresso científico e de fruir de seus benefícios" e no artigo 215 da Constituição da República Federativa do Brasil, de 1988, "O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais".


O movimento cienclubista representa o público, é dessa perspectiva que se relaciona com a criação audiovisual. O CNC entende que o cinema só se completa com a exibição, caso contrário não é cinema. Na ausência de público a criação audiovisual nada representa e nada diz. Assim, a quem pode ferir a prática cineclubista?

Renovamos os nossos votos de estima e consideração, apresentando nossas cordiais

Saudações Cineclubistas
Nós Somos o Público!
Luiz Alberto Cassol
Presidente do Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Carta dos Direitos do Público ou "Carta de Tabor"

A Federação Internacional de Cineclubes (FICC), organização de defesa e desenvolvimento do cinema como meio cultural, presente em 75 países, é também a associação mais adequada para a organização do público receptor dos bens culturais audiovisuais.Consciente das profundas mudanças no campo audiovisual, que geram uma desumanização total da comunicação, a Federação Internacional de Cineclubes, a partir de seu congresso realizado em Tabor (República Tcheca), aprovou por unanimidade uma

Carta dos Direitos do Público

1.Toda pessoa tem direito a receber todas as informações e comunicações audiovisuais. Para tanto deve possuir os meios para expressar-se e tornar públicos seus próprios juízos e opiniões. Não pode haver humanização sem uma verdadeira comunicação.


2.O direito à arte, ao enriquecimento cultural e à capacidade de comunicação, fontes de toda transformação cultural e social, são direitos inalienáveis. Constituem a garantia de uma verdadeira compreensão entre os povos, a única via para evitar a guerra.


3.A formação do público é a condição fundamental, inclusive para os autores, para a criação de obras de qualidade. Só ela permite a expressão do indivíduo e da comunidade social.


4.Os direitos do público correspondem às aspirações e possibilidades de um desenvolvimento geral das faculdades criativas. As novas tecnologias devem ser utilizadas com este fim e não para a alienação dos espectadores.


5.Os espectadores têm o direito de organizar-se de maneira autônoma para a defesa de seus interesses. Com o fim de alcançar este objetivo, e de sensibilizar o maior número de pessoas para as novas formas de expressão audiovisual, as associações de espectadores devem poder dispor de estruturas e meios postos à sua disposição pelas instituições públicas.


6.As associações de espectadores têm direito de estar associadas à gestão e de participar na nomeação de responsáveis pelos organismos públicos de produção e distribuição de espetáculos, assim como dos meios de informação públicos.


7.Público, autores e obras não podem ser utilizados, sem seu consentimento, para fins políticos, comerciais ou outros. Em casos de instrumentalização ou abuso, as organizações de espectadores terão direito de exigir retificações públicas e indenizações.


8.O público tem direito a uma informação correta. Por isso, repele qualquer tipo de censura ou manipulação, e se organizará para fazer respeitar, em todos os meios de comunicação, a pluralidade de opiniões como expressão do respeito aos interesses do público e a seu enriquecimento cultural.


9.Diante da universalização da difusão informativa e do espetáculo, as organizações do público se unirão e trabalharão conjuntamente no plano internacional.


10.As associações de espectadores reivindicam a organização de pesquisas sobre as necessidades e evolução cultural do público. No sentido contrário, opõem-se aos estudos com objetivos mercantis, tais como pesquisas de índices de audiência e aceitação.


Tabor, 18 de setembro de 1987

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

CineClio Apresenta nesse Sábado dia 26 de novembro

Local: Estação do Cinema
Entrada: Franca

17 horas
A Bela e a Ferra
Em uma pequena aldeia da França vive Belle, uma jovem inteligente que é considerada estranha pelo moradores da localidade, e seu pai, Maurice, um inventor que é visto como um louco. Ela é cortejada por Gaston, que quer casar com ela. Mas apesar de todas as jovens do lugarejo o acharem um homem bonito, Belle não o suporta, pois vê nele uma pessoa primitiva e convencida. Quando o pai de Belle vai para uma feira demonstrar sua nova invenção, ele acaba se perdendo na floresta e é atacado por lobos. Desesperado, Maurice procura abrigo em um castelo, mas acaba se tornando prisioneiro da Fera, o senhor do castelo, que na verdade é um príncipe que foi amaldiçoado por uma feiticeira quando negou abrigo a ela. Quando Belle sente que algo aconteceu ao seu pai vai à sua procura. Ela chega ao castelo e lá faz um acordo com a Fera: se seu pai fosse libertado ela ficaria no castelo para sempre. A Fera concorda e todos os "moradores" do castelo, que lá vivem e também foram transformados em objetos falantes, sentem que esta pode ser a chance do feitiço ser quebrado. Mas isto só acontecerá se a Fera amar alguém e esta pessoa retribuir o seu amor, sendo que isto tem de ser rápido, pois quando a última pétala de uma rosa encantada cair o feitiço não poderá ser mais desfeito.

19 horas

Um Certo Capitao Rodrigo   Título Original: Um Certo Capitão Rodrigo
  Gênero: Aventura | Histórico | Guerra
  Ano de Lançamento: 1971
  Duração: 100 min
  País de Produção: Brasil
  Diretor(a): Anselmo Duarte
Sinopse:
Um cavaleiro, meio soldado, meio gaudério, cabelo dourado ao sol, violão às costas, entra na pacata cidade de Santa Fé. Ninguém poderia imaginar que aquele homem estava entrando também em suas vidas. Cantando e bebendo foi conquistando os corações das mulheres e a admiração dos homens. Um contador de estórias, de aventuras,de guerras ou de mentiras? A verdade é que se tratava de Um Certo Capitão Rodrigo. De nada adiantou o padre Lara preveni-lo das qualidades morais das pudicas donzelas e da honorabilidade da sociedade local. No primeiro dia, a mulher do vendeiro. Depois, Bibiana, Helga, Índia e Rosa. Foram todas se envolvendo por sua simpatia e irreverência. Sua gargalhada podia ser ouvida até na casa do chefe político local, que tentou expulsá-lo. Quando o capitão disse: "Fico", já não mais pensava em si, mas na mulher que amava, no futuro de seus filhos e em seu povo. Rodrigo tinha no sangue o amor e a guerra. Em dezenas participou, expulsando a "pelegaços" e ponta de lança os castelhanos invasores. Mas agora sua luta era aqui. Dentro de Santa Fé. Inspirado pela idéia republicana de Bento Gonçalves, outro bravo gaúcho, o capitão Rodrigo brada em praça pública, antes de bombardear o sobrado governamental: "Viver com honra ou morrer com dignidade".

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

CineClio CineClube Santiaguense Apresenta Neste Sábado

05/11/2011
Curadoria: Rosangela Montagner e Rafaela Martins
Local: Estação do Cinema
Entrada Franca



Rei Leão. Dir. Roger Allers e Rob Minkoff. EUA, 1994.
Sinopse: Mufasa (James Earl Jones), o Rei Leão, e a rainha Sarabi (Madge Sinclair) apresentam ao reino o herdeiro do trono, Simba (Matthew Broderick). O recém-nascido recebe a bênção do sábio babuíno Rafiki (Robert Guillaume), mas ao crescer é envolvido nas artimanhas de seu tio Scar (Jeremy Irons), o invejoso e maquiavélico irmão de Mufasa, que planeja livrar-se do sobrinho e herdar o trono.

Oliver Twist. Dir. Roman Polanski. Fra, Ita, Ing, Rep. Tcheca, 2005.
Sinopse: Oliver Twist (Barney Clark) é um órfão entre as centenas que sofrem com a fome e o trabalho escravo na Inglaterra vitoriana. Vendido para um coveiro, ele sofre com a crueldade da família deste e acaba fugindo para Londres. Lá ele é recolhido das ruas por Artful Dodger (Harry Eden), um ladrão que o leva até Fagin (Ben Kingsley), um velho que comanda um exército de prostitutas e pequenos marginais. Quando Oliver conhece um bondoso homem em quem finalmente enxerga um possível pai, Fagin teme que ele denuncie seu esquema. Para evitar isso Fagin planeja um assalto à casa do rico Sr. Brownlow (Edward Hardwicke), o pai desejado por Oliver.

sábado, 22 de outubro de 2011

Nesse Sábado no CineClio

às 17 horas Sessão Infantil

E.T., o Extra-terrestre

Dir. Steven Spielberg

Um garoto faz amizade com um ser de outro planeta, que ficou sozinho na Terra, protegendo-o de todas as formas para evitar que ele seja capturado e transformado em cobaia. Gradativamente, surge entre os dois uma forte amizade.

às 19 horas Sessão adulta (classificação: Livre)

Lançamento: A Falta que me Faz
Dir.  Marilia Rocha
Durante um inverno, rodeadas pela Cordilheira do Espinhaço, um grupo de meninas vive o fim da adolescência.
Um romantismo impossível as enlaça com homens de fora, deixando marcas em seus corpos e na paisagem a seu redor. Entre festas, amizades, angústias e contradições da passagem para a idade adulta, cada uma encontra sua maneira particular de resistir à mudança e existir na incerteza.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Neste Sábado Animação para a criançada e reflexão para os adultos.

Dia 08 de outubro
Sessão Infantil - 17h
Rio.
Direção: Carlos Saldanha
Sinopse: Blu (Jesse Eisenberg) é uma arara azul que nasceu no Rio de Janeiro mas, capturada na floresta, foi parar na fria Minnesota, nos Estados Unidos. Lá é criada por Linda (Leslie Mann), com quem tem um forte laço afetivo. Um dia, Túlio (Rodrigo Santoro) entra na vida de ambos. Ornitólogo, ele diz que Blu é o último macho da espécie e deseja que ele acasale com a única fêmea viva, que está no Rio de Janeiro. Linda e Blu partem para a cidade maravilhosa, onde conhecem Jade (Anne Hathaway). Só que ela é um espírito livre e detesta ficar engaiolada, batendo de frente com Blu logo que o conhece. Quando o casal é capturado por uma quadrilha de venda de aves raras, eles ficam presos por uma corrente na pata. É quando precisam unir forças para escapar do cativeiro.


Sessão  adulto 19 horas
Olga. Direção:Jayme Monjardim
 Sinopse: Olga Benário (Camila Morgado) é uma militante comunista desde jovem, que é perseguida pela polícia e foge para Moscou, onde faz treinamento militar. Lá ela é encarregada de acompanhar Luís Carlos Prestes (Caco Ciocler) ao Brasil para liderar a Intentona Comunista de 1935, se apaixonando por ele na viagem. Com o fracasso da revolução, Olga é presa com Prestes. Grávida de 7 meses, é deportada pelo governo Vargas para a Alemanha nazista e tem sua filha Anita Leocádia na prisão. Afastada da filha, Olga é então enviada para o campo de concentração de Ravensbrück

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Outubro Rosa no CineClio

O CineClio apresenta o Ciclo Outubro Rosa.



     As sessões são exibidas na Estação do Cinema, junto à Estação do Conhecimento.
     Programação deste sábado dia 1º de outubro:

Sessão Infantil - 17 h
Filme: O grilo Feliz
Direção: Walbercy Ribas

Sinopse: O Grilo Feliz é um dos habitantes de um pequeno povoado da Floresta Amazônica, que se destaca dos demais por ser sensível, sábio e protetor. Além disso, o Grilo Feliz é músico e gosta de compor novas músicas com sua companheira Estrela Linda, que é a estrela mais brilhante do céu e é o alvo de Maledeto, um lagarto ambicioso que acredita que ela seja na verdade um diamante.

Sessão Adulta - 19 h


Filme: Corisco e Dadá
Direção: Rosemberg Cariry

Sinopse: O Capitão Corisco, cognominado de Diabo Loiro, reputado pela sua crueldade, sua valentia e sua beleza, rapta Dadá, quando esta tinha 12 anos de idade, condenando-a à difícil vida do cangaço. A partir daí, a vida do cangaceiro transforma-se por completo. Ele é um condenado de Deus cujo destino é lavar com sangue os pecados do mundo.
Dadá, que a princípio o odiava, vê o companheirismo, entre lutas e dificuldades, transformar-se em amor. É o amor de Dadá que humaniza Corisco e determina sua nova história. A história de um amor impossível, uma visão trágica e fascinante do homem e do sertão

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

CineClio Apresenta nesse Sábado dia 10 de Setembro

17 horas:
Aprender a aprender

O filme retrata um processo de aprendizagem baseado na pedagogia problematizadora. O educando pretende aprender a criar de forma rápida, pela magia, no entanto o mestre o leva para outro caminho o da construção.
No primeiro momento, o “mestre” não ensina o educando a construção do vaso, não traz a solução pronta. Ele permite que através de sua própria experiência, através do “fazer”, ele vá descobrindo, caracterizando a aprendizagem significativa.
No segundo momento, do filme, ao juntar as mãos com as dele traz outra característica da pedagogia problematizadora “do fazer junto”, para que depois ele possa caminhar sozinho na produção do conhecimento, significada nesse momento com o cérebro que aparece brilhando na mão do educando.

18 horas
 
Um Certo Capitão Rodrigo
Dir. Anselmo Duarte
Rio Grande do Sul, 1971

Rodrigo Cambará é um cavaleiro boêmio e destemido, meio soldado, meio gaudério, cabelo dourado ao sol, violão às costas, entra na pacata cidade de Santa Fé. Ninguém poderia imaginar que aquele homem estava entrando também em suas vidas. Cantando e bebendo foi conquistando os corações das mulheres e a admiração dos homens. Um contador de estórias, de aventuras, de guerras ou de mentiras?

Thiago Veiga, 2006

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

CineClio Apresenta nesse Sábado

17 H
Faixa Etária:
Infantil
» Nome Filme:
 
Bartô. Thiago Veiga e Luiz Botosso, 2007.
Sinopse: Depois de finalmente encontrar uma árvore que lhe fornece sombra, o bode Bartô tem de encarar um lenhador decidido a cortá-la.

18 H

Faixa Etária:
Livre
» Nome Filme: Neto e o Domador de Cavalos. Dir. Tabaja Ruas. RS, 2008.
Sinopse: No início da Guerra dos Farrapos, o General Netto (Werner Schünemann) descobre que um antigo parceiro das guerras do Sul, o Sargento Torres, está preso. Para libertá-lo, busca a ajuda de escravos rebelados, entre eles, o Negrinho, o melhor cavaleiro da fronteira.
 

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Nesse Sábado dia 27 de agosto

Bete Balanço Dir. Lael Rodrigues
Mocó Jack
Dir: Luiz Botosso e Thiago Veiga
2007, Brasil.
Sinopse: Animação que narra às aventuras do jacaré, Jack, que usa  de muita criatividade para se salvar das investidas de um contrabandista de animais. Nascido diferente de seus irmãos, Jack, possui caráter exótico o que o transforma em um grande prêmio para o caçador. Jack sabe se esconder e mimetizar o que o ajuda a salvar seus amigos.

1984, RJ, Brasil. Classificação: 14 anos.
Sinopse: Bete é uma garota de Governador Valadares, recém aprovada no vestibular e cantora eventual do bar da cidade. Liberada na relação sexual com o namorado, curte teatro e sonha com um espaço maior para o seu prazer, na batalha do trabalho e da vida. A música atrai Bete para o Rio de Janeiro, pouco antes de completar 18 anos. Tudo o que experimenta, então, é uma inevitável sucessão de coisas boas e ruins.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Mostra de Cinema” lotou o Auditório da URI



     Ontem, 18 de agosto, o Auditório da URI esteve lotado, isto porque estava acontecendo a Mostra de Cinema 4º For Rainbow – Festival de Cinema e Cultura da Diversidade Sexual, através do CinceClio Cineclube Santiaguense. Participaram do evento os Cursos de História, Psicologia, Enfermagem e Direito da URI. 

    No total foram 10 curtas exibidos, dentre os quais, "Eu não quero voltar sozinho" foi escolhido como melhor produção, pelos espectadores. Após a exibição dos filmes foi aberto o espaço para discussões acerca da diversidade sexual.


    
     O For Rainbow está consolidado como um evento de referência no Brasil relacionado à temática da diversidade sexual, com acesso gratuito em todos os seus espaços. O evento propicio na URI um espaço para discussões, reflexões e até mesmo divergências nas opiniões expostas.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

CineClio: CineClube Santiaguense Apresenta neste sábado dia 06 de agosto


Ciclo:  Humor, ação e fantasia na terra da poesia.
                                                          Local: Estação do Cinema                     
Sábado às 17 horas
Curadoria: Rosangela Montagner e Rafaela Martins


06 de Agosto
 A Princesa e o Violinista
Dir: Guto Bozzetti
2008, Brasil.
Sinopse: Narra uma fábula fictícia, uma lenda sobre o surgimento da tristeza. Através dos olhos de uma menina de 5 anos, acompanhamos a história de um Rei que para proteger a Princesa, sua filha, resolve trancá-la em uma torre no castelo até o dia do seu casamento. Para tanto, o Rei realiza uma competição entre dezenas de cavaleiros afim de encontrar o mais bravo e forte dentre todos. Ao final do torneio, o campeão segue o Rei até a torre para encontrar a Princesa mas, pasmos, descobrem que ela sumiu. Os guardas informam que um misterioso violinista mascarado a sequestrou e todos estão incapazes de agir por causa da música triste tocada pelo bandido, que os contagiou de tal forma, paralisando-os. A partir daí, o Rei e o Cavaleiro partem em busca da bela Princesa e vão descobrindo pelo caminho o poder da música triste do violinista, até finalmente se depararem com o inimigo, quando acabam descobrindo que a Princesa talvez não queira ser salva.


Ciclo: Música e Cinema
                                                          Local: Estação do Cinema                     
Sábado às 18 horas
Curadoria: Rosangela Montagner e Rafaela Martins

06 de Agosto
O Som do Coração
Dir. Kirsten Sheridan
2007, EUA. Classificação: Livre
Sinopse: August Rush (Freddie Highmore) é resultado de um encontro casual entre um guitarrista e uma violoncelista. Crescido em orfanato e dotado de um dom musical impressionante, ele se apresenta nas ruas de Nova York ao lado do divertido Wizard (Robin Williams). Contando apenas com seu talento musical, August decide usá-lo para tentar reencontrar seus pais.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

CineClio CineClube Santiaguense Apresenta:

Curadoria: Rosangela Montagner e Rafaela Martins
Local: Estação do Cinema, junto a Estação o Conhecimento.
Sábado as 17 horas:
23 de Julho – Ernesto no País do Futebol - de André Queiroz e Thaís Boloqna
SP, 2009.
Em ano de Copa do Mundo o que poderia ser pior para um garoto argentino apaixonado por futebol do que morar no Brasil?

Sábado às 18 horas
23 de Julho – Os Imperdoáveis
Dir. Clint Eastwood

1992, EUA.

Bill Munny (Clint Eastwood), um pistoleiro aposentado, volta ativa quando lhe oferecem 1000 dólares para matar os homens que cortaram o rosto de uma prostituta. Neste serviço dois outros pistoleiros o acompanham e eles precisam se confrontar com um inglês (Richard Harris), que também deseja a recompensa e um xerife (Gene Hackman), que não deseja tumulto em sua cidade.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Segue o Ciclo Bang Bang, durante o mês de julho, no Cineclio: Cineclube Santiaguense.

A programação para este sábado, dia 16 de julho, na Estação do Conhecimento é:


Sessão Infantil – 17h

A Menina Espantalho – de Cássio Pereira dos Santos


Sinopse: Luzia mora no campo com seus pais e seu irmão, Pedro. Quando Pedro começa a ir à escola, Luzia quer acompanhá-lo, mas é impedida pelo pai. Enquanto vigia uma roseiral , ela busca outros caminhos para aprender a ler.



Sessão Adulta - 18 h


Adeus Gringo - de Giuliano Gemma


Sinopse: Um jovem pistoleiro, Brent Landers, é convencido por um homem desonesto a comprar gado roubado. Os problemas se iniciam quando o verdadeiro dono do gado o enfrenta, tentando forçá-lo a devolver seu rebanho... Inspirado na famosa história de Harry Wittington, "Adeus Gringo" é um marco para o cinema clássico do Spaghetti Western, sob grande influência de Sergio Leone, com referências aos westerns americanos.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Neste sábado tem sessão Bang Bang no CineClio



      Durante todo o mês de julho, o CineClio: CineClube Santiaguense estará apresentando o Ciclo Bang Bang na Estação. As sessões acontecem na Estação do Conhecimento. Neste sábado, dia 09 de julho, serão exibidos os filmes:


Infantil - às 17h

Guido e Gaspar

Direção de Márcio Schoenardie

Sinopse: Guido e Gaspar são irmãos e vivem em um lugarejo distante da vida urbana. Eles ajudam os pais na roça e nos afazeres de casa. Quando as feiras de verão começam, surge a possibilidade de uma viagem curta até a cidade, mas só um poderá ir.


Adulto - às 18h
Era uma vez no Oeste

Direção de Sérgio Leone
1969, Itália, EUA

Sinopse: Em virtude das terras que possuía serem futuramente a rota da estrada de ferro, um pai e todos os filhos são brutalmente assassinados por um matador profissional. Entretanto, ninguém sabia que ele, viúvo há seis anos, tinha se casado com um prostituta de Nova Orleans, que passa ser a dona do local e recebe a proteção de um hábil atirador, que tem contas a ajustar com o frio matador.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

CineClio é destaque na Programadora Brasil

PrincipalNotícias

Em Santiago, agora tem cinema na Estação

 

Em Santiago, agora tem cinema na Estação

Há pouco mais de um ano, o CineClio promove o acesso contínuo ao cinema brasileiro [leia mais]
Em Santiago, agora tem cinema na EstaçãoSexta-feira, 1/7/2011


A contemplação pelo edital da ação Cine Mais Cultura e o acesso ao catálogo da Programadora Brasil modificaram a rotina cultural da cidade de Santiago no Rio Grande do Sul. Desde maio de 2010, seus 49.082 habitantes passaram a contar com duas sessões semanais de cinema, sendo uma sessão infantil, promovidas pelo CineClio. Para os moradores, a programação de filmes preenche uma lacuna cultural, uma vez que a sala exibidora de cinema comercial mais próxima de Santiago fica a 155 km, na cidade de Santa Maria.

O CineClio, uma iniciativa da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões Campus de Santiago, funciona na antiga estação ferroviária da cidade. A Prefeitura Municipal de Santiago reformou o local e transformou o espaço em uma sala de cinema chamada de Estação do Cinema. Já foram realizadas 100 sessões, dos quais 72 foram com filmes da Programadora Brasil. O catálogo da Programadora Brasil está possibilitando uma programação diversificada atendendo a públicos diferentes. O que chama a atenção é que cada sessão é anunciada com o toque do antigo sino da estação.

Atualmente, existem 3 atividades de exibição que são mantidas pelo CineClio. A principal delas é o "Cineclubismo, Educação e Cidadania na Terra dos Poetas", a qual atende as escolas municipais da cidade. Essa ação funciona em parceria com a prefeitura através da secretaria de educação que é responsável pelo transporte dos educandos. As outras duas são: sessões de cinema para pessoas da terceira idade e sessões de cinema para grupos de mulheres. Essas duas ações têm parceria com a secretaria de saúde e secretária de assistência social.
 
Mediante o agendamento prévio, o CineClio atende escolas estaduais e dos municípios vizinhos, desde que os mesmos sejam responsáveis pelo deslocamento dos estudantes. O cineclube também promove parcerias pontuais, usando o cinema como veículo de educação. No último Fórum Social Mundial, promoveu atividade de extensão em parceria com o projeto Renascer, denominada Movimento Cineclubista em Prol da Redução de Danos em Relação a Drogadição. Foi o exibido o filme “Bicho de Sete Cabeças”, seguido do debate sob o tema "Cineclubismo, redução de dados e o uso de drogas".


 
Espaço Estação do Cinema, onde funciona o CineClio, em Santiago, RS. Sessão do CineClio destinada ao público infantil.
   
 
O sino da estação ferroviária é tocado antes de cada sessão começar. A antiga estação ferroviária da cidade foi reformada para abrigar o espaço Estação do Cinema.

retirado de: http://www.programadorabrasil.org.br/

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Cineclubismo e Educação

 


Desafios do FAAL nas trilhas do cineclubismo brasileiro
Enviado por Gilvan Dockhorn – 01/07/2011
Cineclubistas
Segue um excelente artigo do camarada cineclubista Darcel, em que destaca a região Amazônica, mas cabe em qualquer espaço de discussão cineclubista do país.
Abraços,
Por Darcel Andrade Alves [1]
O Cinema Brasileiro amplia seu olhar para a Amazônia, ainda que não seja uma película 35mm ou cinemão, como muitos realizadores referendam, a produção audiovisual chega às aldeias e comunidades tradicionais na sua mais diversificada forma de criação. A espera do “novo”, que nunca chega, faz com que os realizadores ribeirinhos, quilombolas, indígenas e lideranças comunitárias se manifestem em favor de uma causa coletiva que, há algum tempo, se prolifera em rodas de conversas em comunidades e beira de rio. Portanto, este ensaio traz à tona o 1º Fórum Audiovisual da Amazônia Legal que se configura em rede nacional, para tratar questões específicas de uma região rica em biodiversidade, e busca instrumentos reguladores legais de valorização aos saberes dos povos tradicionais amazônicos, sendo o cinema e a produção audiovisual trilhas nesta “selva capital” de interesses outros; traz também contribuições às proposições da Carta de Atibaia, instrumento síntese do encontro nacional de Cineclubistas em São Paulo, como reforço às políticas culturais para o audiovisual na Amazônia Legal.     
Palavras-chaves: Cinema; Educação; Cineclubismo; Amazônia Legal
Neste ensaio, aproprio-me da liberdade poética para registrar um recorte de uma realidade vista de dentro pra fora, e saio da primeira pessoa para viver um Amazônida, filho de índia e caboclo paraense, e que transita “pelos salões, pelas casas, pelas cidades, pelos congressos, pelos guetos, trilhas, rios, vilas e aldeias” e que gosta de cinema, o bom cinema (penso), e acredita no cinema brasileiro.
O Cinema Brasileiro amplia seu olhar para a Amazônia, ainda que não seja uma película 35mm ou cinemão, como muitos realizadores referendam, a produção audiovisual chega às aldeias e comunidades tradicionais na sua mais diversificada forma de criação, como semente semeadora, seja na filmadora digital sedutora de melhor resolução, seja no mais simples dos celulares com olho eletrônico.
A espera do “novo”, que nunca chega, fez com que os realizadores ribeirinhos, quilombolas, indígenas e lideranças comunitárias se manifestassem em favor de uma causa coletiva que, há algum tempo, se prolifera em rodas de conversas em comunidades e beira de rio: o cinema papa-chibé; uma ação audiovisual alimentada com motor a diesel, um projetor, e uma caixa amplificadora com duvidosa qualidade de som. Sim, porque ouvir a narrativa sonora do filme e o ronco do motor-gerador, mais o pô-pô-pô dos barcos que atracam no porto atraídos pela novidade, é querer gostar muito de cinema. É um novo que se conquista pelo esforço do próprio nativo empreendedor, na busca de uma alternativa para realizar e compartilhar seu sonho – fazer cineclubismo sem saber as implicações de sua atitude.
Saindo deste extremo, nos aproximamos de outras realidades mais privilegiadas, de comunidades ditas tradicionais que possuem certa infra-estrutura para exibir filmes, onde a “civilização” da energia elétrica se faz presente. Aqui encontramos grupos mais organizados e, certamente, algum profissional com acesso às informações socializadas pelo ciberespaço, onde pesca saberes compartilhados que caem em sua rede [virtual], um tal de edital – esses tão famigerados regulamentos cheios de regrinhas e pré-requisitos, exige experiências e um currículo exemplar. Na revolta da maré, o curioso pesquisador busca informações de como concorrer às vagas na seleção de melhor roteiro, melhor projeto audiovisual, e tenta decifrar os códigos da incompletude mercantilista para ser aceito como um dos raros e promitentes diretores de curta-metragem; não sabe ele que apenas um projeto inscrito do norte será contemplado, “para não dizer que não falamos de cinema”, na condição corporativista na geopolítica desinteressada, apesar do esforço coletivo de alguns profissionais de desejar reverter essa situação em favor de uma demanda tão distante. “Mas essa é a realidade brasileira”, dizem alguns. E lavam as mãos!
De Roma para o Brasil, Pilatos se converteria se presenciasse o que os amazônidas fazem para produzir e apresentar um filme, edificado na caseira ilha de edição, mexendo aqui e ali, um botão lá e cá, e assim o caboclo aprende a editar seu próprio filme e vai fazendo sua revolução, silenciosa, mas revolução, a sua própria revolução. Assim se faz um movimento antropofágico com bases em ideais coletivos, que minam mentes e se multiplicam na luz de uma tela, pequenina às vezes, ampla noutras mínimas vezes.
Em lugares bem distantes, o “caboco da Amazônia” rala, rala, rema, rema para produzir imagens e recortá-la na percepção que lhe cabe, depois que tem acesso a uma pequena tecnologia que aprende a manusear sozinho; enquadra a lente e aperta o “play” em “rec” de emoções que somente ele compreende; volta pelo mesmo rio, ou segue trilhas entre mangues, matas virgens e devastadas; vê queimadas desenfreadas e percebe que precisa fazer algo de diferente; e navega, navega entre furos, igarapés e internets na busca de um “yotube” para divulgar sua produção, seu vídeo inacabado porque não sabe editar, melhor, sabe, mas não tem uma ilha de edição, um “computadorzinho”, com um “programinha” que possa atendê-lo na sua necessidade de realizador. Como seus filmes não têm onde ser guardados se perdem na capacidade limitada da câmera de armazená-los, para dar lugar a outros filmes, porque sua vontade de produzir é maior que a memória de seu chip ou do seu cartão de memória. Aí tudo se perde, e começa tudo de novo.
Na prática cotidiana desse ser nativo, vemos algo precioso que é a vontade de produzir imagens mesmo sem o interesse de ganhar subsídios para a sua subsistência. Muitos, ou quase todos na mesma situação, possuem atividades paralelas em suas comunidades na prioridade do sustento pessoal e da família. O prazer de criar roteiros audiovisuais não sistematizados pode lhe render uma rodada de amigos que chegam à volta para conferir sua produção, e a idéia de compartilhar imagens parte da necessidade coletiva de congregar sentimentos em volta de uma temática registrada no olho eletrônico, a mesma necessidade que nós, de centros urbanos, temos quando reunimos e socializamos filmes, nossos ou de outros, com problemáticas sociais, e chamamos isso de cineclubismo.
É claro que há diferenças estruturais no formato e no arranjo de apresentar a obra, são duas realidades diferentes; mas há algo em comum que ultrapassa a simples vontade de produzir e difundir um vídeo: atitude criadora, e isso poucos profissionais inveterados têm na dimensão de suas atitudes reprodutoras. O ato de criar ultrapassa a fronteira da vontade, e vontade todo mundo tem; estimular a capacidade criativa desses atores sociais também é um ato de criatividade, ou pela necessidade da profissão, ou pela necessidade inata de dividir o que já foi conquistado.
Portanto, não é sábio aquele que pensa em levar vantagens sobre os que ainda não dispõe de tecnologias mais avantajadas; não basta ficar somente na vontade de querer compartilhar recursos e saberes tecnológicos às regiões mais distantes dos grandes centros produtores de cinema; coloquemos em prática a atitude criadora de quem pode e deve compartilhar novas estratégias na produção de conhecimento. Lancemos a rede nos rios de saberes amazônicos, e veremos o quanto temos que nos alimentar. Poucos estudiosos têm essa preocupação de valorizar uma demanda tão desprivilegiada das oportunidades neurais do país. A nós urbanos, cabe um rasgo de lucidez para ampliar as lentes, as nossas lentes, biológicas mesmo, para tentar compreender essa real situação.
Como não somos Pilatos e nem viemos de Roma, somos nativos zoneadores __ faço aqui uma rápida alusão aos homens que por aqui passaram em busca de riquezas e deixaram um buracão enorme, como cratera, na serra de Carajás; levaram riquezas, um ouro material que nunca vimos e usufruímos como retorno de investimentos, e até hoje é assim – retorno a este texto como garimpeiro de outra realidade, na busca de um outro ouro que reluz por trás de homens e mulheres que lutam para manter vivas as mais diferentes manifestações culturais da nossa Amazônia, se de fato é nossa.
Nesse sentimento de pertencimento, trago à luz de um Fórum que se inicia neste espaço outros sentimentos de liberdade, de criação, de respeito a este povo que clama por outro sentimento maior, que é o sentimento de viver com dignidade, sem exclusão dos bens que a ele mesmo pertencem: a sua terra, o seu rio, sua floresta, seus saberes locais que nem de perto ousamos explicar, tamanha é a sua sabedoria. Por isso e por muito mais, o 1º Fórum Audiovisual da Amazônia Legal se configura, para tratar questões específicas de uma região rica em biodiversidade, única do continente, maior do mundo, e busca instrumentos reguladores legais de valorização aos saberes dos povos tradicionais amazônicos, sendo o cinema e a produção audiovisual trilhas nesta “selva capital” de interesses escusos. 
Ao estabelecer diálogos com autores sobre as questões da Amazônia e seus povos, apresento Albagli (2003), ao referir-se sobre a definição do Conselho Mundial de Povos Indígenas (1977):
Povos indígenas são grupos de populações como nós, os quais, desde os tempos remotos, têm habitado as terras onde moramos; os quais são conscientes de possuir um caráter comum próprio, com tradições sociais e meios de expressão associados ao país herdado de nossos ancestrais; com uma língua própria nossa e tendo certas características essenciais e únicas que nos conferem uma forte convicção de pertencer a um povo, que tem uma identidade nossa e deve assim ser visto pelos outros.” (apud AXT et alii, 1993)[1]. Alguns aspectos estão geralmente presentes nas formas como se definem e caracterizam esses grupos sociais: uma história comum, cujo desenvolvimento sofreu um duro golpe com o processo colonizador; uma identidade étnica e sócio-cultural; e a ocupação ancestral de dado território. Tais grupos reivindicam direitos de caráter coletivo, como o direito à terra, aos recursos naturais nela existentes, à auto-determinação política e à cultura própria. No caso dos direitos relacionados à biodiversidade, alguns preferem o termo populações ou comunidades tradicionais, que abrangeria também, por exemplo, os agricultores que desenvolvem práticas tradicionais na agricultura. Outros ainda sugerem o termo comunidades locais como mais apropriado, referindo-se a “um grupo de pessoas possuindo uma organização social estabelecida, que as mantenha unidas seja em uma determinada área ou de alguma outra maneira (NIJAR, 1996).
Não importa o nome, a nomenclatura, se é comunidade, se é população, se são povos tradicionais... O que importa são os conteúdos expressionais significativos dessas pessoas enquanto indivíduos com identidades, vontades e atitudes próprias, que vivem como organização social estabelecida, com direitos e deveres, regidos pela mesma constituição. Esses grupos reivindicam sim seus direitos coletivos sobre seus saberes tradicionais, direito à terra, aos recursos naturais como meio e fim, direito aos recursos tecnológicos para produzir e finalizar seus filmes sem sofrer o processo de aculturação, se essa é a sua vontade. Não vamos polemizar se isso é certo ou errado, se alteramos ou não a configuração de uma cultura tradicional. A questão está centrada na acessibilidade de bens patrimoniais pertinentes a todos os brasileiros, indistintamente. É um processo de escolha que independe da nossa vontade, acontece em vias de mão dupla na partilha de conhecimentos e de bens materiais. É um direito deles e nosso.
Alguns estudiosos defendem em suas pesquisas o conhecimento tradicional dos povos amazônidas passado pela oralidade, de geração em geração, na ausência do papel, da escrita, da escola tradicional jesuítica que, historicamente, mutilou línguas e costumes tradicionais de etnias diversas. Muitas dessas línguas se perderam e estão se perdendo com a migração de jovens produtores nativos na busca da “civilidade” urbana; algumas etnias resistem ao nomadismo e desejam permanecer natura, ainda que cheguem novos signos e códigos interferindo no seu cotidiano “primitivo”.
Na contramão do que imaginamos, não é comum, quando em vez, ver um representante de uma etnia tradicional manipulando uma câmera em algum encontro institucional ou na ilustração de algum raro artigo acadêmico em estudo antropológico. Da mesma forma que buscamos estratégias para perpetuar nossa memória, esses povos também buscam a memória eletrônica. Em ambos os casos, nem por isso deixamos de falar a língua que nos foi ensinada, e continuamos a utilizar todos os recursos eletrônicos inventados e que podemos usufruir.
Ao limpar das lentes, nos deparamos com algumas culturas audiovisuais realizadas na Amazônia, que se organizam e se consolidam como associações, grêmios, assembléias, coletividades e sociedades organizadas, e nos surpreendemos com a qualidade de conteúdo de suas obras. Em processo bem adiantado, um pouco distante do caboco de produção inicial, esses realizadores já têm uma expressão cinematográfica que não pode ser desprezada. Temos exemplos concretos destes movimentos, às vezes intermediados por nós mesmos no desejo de ajudá-los, na verdade são eles que nos ajudam a entender o processo inverso de se construir conhecimento. “Cada ponto de vista é a vista de um ponto”, diz Sousa Santos (2005). 
 A busca para uma política de produção cinematográfica com qualidade na Amazônia Legal passa por grandes desafios, e que aqui se manifesta como carta magna em desejo coletivo de todos que consolidaram este movimento, FAAL; o momento é raro, ainda que distante, como utopia, devemos aproveitá-lo e construir uma história.
Com bases justas para o país, o nosso Brasil, principalmente para esta população Amazônida, é preciso ainda:
a)   Investir em ciência, tecnologia e educação -- voltadas para ampliar recursos orçamentários do Ministério da Cultura, Ministério da Educação, Ministério da Educação, Ministério da Ciência e da Tecnologia, e outros Ministérios, como ação cultural coletiva priorizando a produção audiovisual da região norte brasileira;
b)    Criar estratégias de controle e fiscalização na legislação brasileira para evitar a pirataria audiovisual in natura que dispomos, por parte das produções cinematográficas estrangeiras, sob pena de multa e indenização pelo uso não autorizado de imagem e som da Amazônia Legal;
c)    Fortalecer o STIC, Sindicato dos Técnicos e Investidores Cinematográficos no Brasil, dando bases jurídicas de direitos aos profissionais de cinema nele credenciados, e fazer valer a valorização estipulada em tabela nacional, não cabendo mais o profissional audiovisual da Amazônia Legal ser refreado e contido enquanto realizador;
d)    Valorizar os professores e instrutores profissionais do audiovisual nativos e residentes na Amazônia legal há mais de dois anos comprovadamente, na mesma condição do item anterior;
e)    Criar cursos de formação técnica para o audiovisual em todas as capitais dos estados que constituem a Amazônia Legal e seus municípios pólos.
f)     Reconhecer os cursos técnicos do audiovisual como atividade complementar acadêmica para os cursos de graduação nas mais diferentes áreas de atuação, considerando o audiovisual uma atividade [trans]disciplinar;
g)    Criar Linhas de Pesquisa de Cinema e Vídeo nas Universidades e Instituições de Ensino Superior, com foco nos saberes tradicionais dos povos da Amazônia Legal;
h)   Criar Cursos Stricto sensu, Lato Sensu, Graduação, de Extensão Cineclubista para pesquisa e formação profissional nas Universidades Federais dos Estados da Amazônia Legal;
i)     Ampliar os Núcleos de Produção Digital, câmeras digitais, equipamentos de som, kits de iluminação e correlatos, e democratizá-los por meio de ações conjuntas e descentralizadoras em todos os estados e/ou municípios pólos da Amazônia Legal, ficando os profissionais do audiovisual responsáveis pela tutela dos equipamentos;
j)      Inserir e/ou ampliar nas escolas instrumentais de produção audiovisual como instrumento de produção de conhecimento em caráter multi-trans-interdisciplinar;
k)    Criar mecanismos alternativos e diferenciados de produção e difusão audiovisual na Amazônia Legal, considerando a logística de transporte e fonte de energia, com a concessão de geradores e barcos com geradores para a viabilização de projetos cineclubistas de produção e exibição de filmes e/ou vídeos regionais.
l)     Reconhecer a importância e oferecer condições para que esses conhecimentos “tradicionais” sejam não apenas protegidos, mas para que também continuem a ser gerados e valorizados pelos instrumentos de difusão audiovisual para o Brasil e para o mundo.
Com essas reivindicações, encerro este texto com uma citação de Albagli (2003), ao fazer a abertura nos anais do Seminário "Saber Local/Interesse Global: propriedade intelectual, biodiversidade e conhecimento tradicional na Amazônia"[2], estudo este que reuniu intelectuais do Brasil e do Mundo, entre profissionais da educação, antropólogos, sociólogos, cientista sociais de diferentes áreas de estudo, que se preocupam com os povos e saberes tradicionais da Amazônia. Diz a autora:
Finalmente, devo assinalar que a temática da biodiversidade pode vir a ser não apenas expressão ou resultado de uma dinâmica geopolítica global, mas também um elemento de mudança no desenvolvimento futuro desse quadro mais amplo, a partir do processo político que se estabelece ao seu entorno. No novo regime internacional sobre a biodiversidade, afirma-se a soberania dos Estados-Nações mais vulneráveis no sistema internacional sobre suas reservas de natureza, ante as pressões e a cobiça de interesses externos; ao mesmo tempo em que esses mesmos Estados são chamados à responsabilidade no sentido de tomarem medidas efetivas de proteção do meio ambiente [contraditório com o advento da Belo Monte – grifo meu]. Coloca-se, ainda, em evidência a urgência de se reverterem práticas milenares de saqueio e exploração de riquezas naturais, contemporaneamente renovadas com a chamada biopirataria internacional [nossas imagens também são biopirataria audiovisual – grifo meu]. Impõem-se, por outro lado, as pressões para elevar à condição de atores, cujos direitos, opiniões e modos de vida sejam respeitados e garantidos, populações, historicamente, marginalizadas e submetidas ainda hoje à ameaça de genocídio - não só cultural, mas de fato [latifúndio e grilagem de terra – Idem]. E, por fim, coloca-se como central o questionamento sobre a tendência à hegemonia do mercado, e a necessidade de recuperar a ética e de resgatar o valor intrínseco da natureza e da vida. A questão da biodiversidade [e do audiovisual brasileiro – Idem], em sua forma contemporânea, coloca, então, uma agenda de temas que apontam para a necessidade de um novo desenho geopolítico pautado na democracia política e social.
Aos amigos que se reúnem em Atibaia, deixo esta minha contribuição para que seja socializada, ampliada, discutida e usada de alguma forma. Não quero inventar a roda, mas, talvez, outras formas de saber aproveitá-la na trilha que percorremos. Olhem com carinho a Amazônia, o FAAL que ora desenhamos ainda com desconfiança. Precisamos de todos, indistintamente, para abrir caminhos, percorrer trilhas, navegar rios, e levar o cinema tupiniquim como bandeira a todas as nações brasileiras e promover uma insurreição cultural do cineclubismo que se fortalece a cada dia.
Na sequência dos fatos, pós-encontro do Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros em Atibaia, estado de São Paulo, transcrevo na íntegra a carta que resume as proposições sobre cineclubismo e audiovisual brasileiro:
CARTA DE ATIBAIA DO CNC
A direção do CNC - Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros – reunida de 09 a 11 de maio de 2011, durante o 6º FAIA - Festival de Atibaia Internacional do Audiovisual, vem reafirmar o seu posicionamento relativo aos seguintes pontos: - A continuidade das políticas culturais, das conquistas e dos espaços institucionais de participação alcançados pelo CNC; - A manutenção, ampliação e garantia dos recursos necessários a continuidade do Programa Cine Mais Cultura, conforme anunciado pela Secretária do Audiovisual, Ana Paula Santana, e confirmado pela Ministra da Cultura, Ana de Hollanda, na última reunião do Comitê Consultivo da SAV, realizada em Brasília nos dias 14 e 15 de março de 2011; - A inclusão do cineclubismo no sistema educacional brasileiro, através da implantação de cineclubes nas escolas, com base nos conteúdos e métodos que vem sendo desenvolvidos no movimento cineclubista a exemplo do projeto “Cineclubismo, Cinema e Educação”; - A reavaliação do Programa Cinema Perto de Você, desenvolvido pela Ancine, e implantação imediata de salas populares de cinema, em todos os municípios brasileiros, utilizando o modelo POP Cine, que garante a ampliação da cota de tela para a exibição da produção audiovisual nacional; - O apoio a proposta de reforma que atualiza a Lei do Direito Autoral, em vigor, especialmente, nos itens que se referem à democratização do acesso do público aos bens culturais e ao fortalecimento dos direitos do público; - A garantia efetiva de destinação de recursos e do seu não contingenciamento à cultura conforme disposto na PEC 150, atualmente em tramitação no Congresso Nacional; - O apoio à aprovação do PLS 116, atualmente em tramitação no Senado Federal, conforme o texto já aprovado pela Câmara de Deputados; - O apoio a imediata aprovação do projeto que institui o vale cultura, solicitando-se a inclusão de dispositivo que garanta sua utilização apenas para o acesso aos bens culturais originários de países signatários da Convenção pela Proteção e Promoção da Diversidade das Expressões Culturais (Convenção da UNESCO) ; - A solicitacão da imediata exclusão da proposta da LDO - Lei de Diretrizes Orçamentárias - de 2012, encaminhada pelo governo para apreciação e aprovação pelo Congresso Nacional, do item que a exemplo do artigo 20, inciso XIII, da Lei de Diretrizes Orçamentárias, atualmente em vigor, criminaliza o conjunto das entidades culturais brasileiras e impede o repasse de recursos públicos pelos Ministérios da Cultura e do Turismo para realização de “eventos”; - O apoio as imediatas implantações do Plano Nacional de Cultura, da construção dos Planos Setoriais, em especial o Plano Setorial do Audiovisual e do Plano Nacional de Banda Larga; - O apoio a imediata votação e aprovação do projeto de Lei de Reforma da Lei Rouanet (Procultura); - A solicitação da imediata criação de um grupo de trabalho, composto por representantes do executivo e legislativo federais e entidades da cultura da sociedade civil, objetivando a formulação de propostas de mudanças na atual legislação, normas e atuais trâmites burocráticos, norteadores da apresentação de projetos , tramitação e prestação de contas. Destacamos ainda a relevância da instituição do "Dia do Público”, proposto pelo cineclubista Felipe Macedo e criado durante as reuniões do CNC, neste festival, a ser celebrado a cada ano, em 10 de maio. Nesta data, no ano de 1849, em Nova Iorque, ocorreu a Revolta do Astor Place, onde o público se manifestou de maneira ruidosa mas pacífica pelo acesso irrestrito aos bens culturais, as autoridades e as forças policiais praticaram uma repressão sangrenta, com mais de 20 mortos e uma centena de feridos. Para finalizar destacamos a relevância histórica da eleição do cineclubista João Baptista Pimentel Neto para presidente do CBC – Congresso Brasileiro de Cinema. Agradecemos a Prefeitura da Estância de Atibaia, Difusão Cultural de Atibaia, Difusão Cineclube, Secretaria do Audiovisual e Ministério da Cultura por, mais uma vez apoiarem a realização da reunião da diretoria do CNC – Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros. Atibaia, 14 de maio de 2011. (a) DIRETORIA CONSELHO NACIONAL DE CINECLUBES BRASILEIROS (2010-2012).
Nesse contexto, percebe-se que se desenham políticas públicas voltadas ao seguimento em foco, e acredita-se que estas políticas possam contemplar todo o território nacional, inclusive a Amazônia Legal, objeto deste ensaio, que se manifesta em canto das Iaras e Curupiras, das Matintas e Macunaímas, e busca reconhecimento e apoio às mais distantes imagens e sons produzidos como produto audiovisual brasileiro.
No complemento da Carta, apresento também o Projeto Uni Escola Cinema como alternativa de se chegar às escolas pela veia cineclubista, como contribuição às iniciativas que se desenham em favor da temática “Cineclubismo, Cinema e Educação”; dizer que o Uni Escola Cinema abraça quatro municípios do interior do estado como projeto de extensão universitária da Universidade do Estado do Pará, Campus Vigia de Nazaré. Antes, era apenas um simples cineclube com pretensões audaciosas, dirigido por um sonhador que não sonha sozinho. São escolas e comunidades, professores, alunos e gestores educacionais que se reúnem para assistir e produzir vídeos documentários, alguns de ficção, com seus olhares e linguagem própria, como estratégia para a produção de conhecimento em ação interdisciplinar.
A exemplo desta experiência, muitas outras são silenciadas pelo distanciamento e interesse de [não]reconhecê-las, pelas questões geoeconômicas e geopolíticas colocadas como escudos de uma justificativa sem fundamentação. A exemplo desta experiência, índios, negros, comunidades tradicionais outras da Amazônia possuem produções audiovisuais na redundância deste texto para enfatizar o nosso canto, e que somam às forças do movimento nacional e se vêem representados na carta supracitada. Parantim espera, ora se espera. Enquanto isso produz oxigênio para todos sobreviverem e contarem histórias.
Referências:
ALBAGLI, S. Informação e geopolítica contemporânea: o papel dos sistemas de propriedade intelectual. Informare . Caderno do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação, Rio de Janeiro, v.3, n. 1-2, 1997.
AXT, Josephine R. et alii. Biotechnology, indigenous peoples and intellectual property rights. CRS Report for Congress. April, 1993.
NOPOLITANO, Marcos. Como usar o cinema em sala de aula. São Paulo: Contexto, 2003.
NIJAR, Gurdial Singh. In defense of local community knowledge and biodivesity. A conceptual ramework and the essential elements of a rights regime. Penang: Third World Network, 1996.

[1] Doutoramento, como aluno especial, nas disciplinas: “Análise do Discurso Narrativo” e “Linguagem e Interpretação: uma introdução ao projeto teórico de Clifford Geertz”, pelo Centro de Filosofia e Antropologia da UFPA; doutoramento, como aluno  especial, na disciplina “Antropologia Social” pelo Núcleo de Altos Estudos Amazônicos - NAEA/UFPA; Mestrado em Educação pela Universidade do Estado do Pará – UEPA, com a dissertação “A Educação no Museu do Marajó: ver, tocar e contextualizar"; Especialização em Semiótica e Cultura Visual pela Universidade Federal do Pará; Especialização em Recursos Humanos em Educação pela Universidade Federal de Pernambuco; e Especialização em Docência no Ensino Superior pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – PUC Minas. Atualmente é Professor da rede de Ensino Superior e colaborador do Grupo de Pesquisa Cultura e Memórias Amazônicas da UEPA; tem experiência em Artes Cênicas e Audiovisuais (Cinema e Vídeo); estuda os Saberes do Museu do Marajó. É autor de artigos científicos e co-autor de livros acadêmicos na área de cultura e saberes amazônicos. www.unescolacinema.blogspot.com
[2] do Seminário saber Local / Interesse global: propriedade intelectual, biodiversidade e conhecimento tradicional na Amazônia (2003: Belém / Pa) [Anais] do Seminário Saber Local / Interesse global: propriedade intelectual, biodiversidade e conhecimento tradicional na Amazônia (2003: Belém/Pa).